Barack Obama, num discurso recente nos EUA, mencionou o quão urgente e vital é reformular todo o sistema de saúde americano, particularmente porque os custos com a saúde estão a levar o país à beira da falência. Segundo Obama, "as crescentes despesas de saúde representam uma das maiores ameaças não só para o bem-estar das nossas famílias... como para os mais básicos alicerces da nossa economia."
Esta situação aplica-se não apenas aos EUA mas a praticamente todos os países do Mundo. Há já mais de duas décadas que o prestigiado MIT (Massachusetts Institute of Technology) publicou um estudo que previa a falência dos principais países industrializados, devido às despesas médicas.
Se fizermos uma análise mais detalhada da situação, o que realmente acontece é que, nos países ocidentais, a maioria do dinheiro que é gasto com a saúde (ou com a doença, se virmos o assunto de uma perspectiva mais objectiva) é usado para tratar paliativamente enfermidades ligadas ao nosso estilo de vida, em particular a uma alimentação deficiente e falta de actividade física. Problemas cardiovasculares, cancro, obesidade, diabetes são as doenças que mais matam e a incidência de todas elas seria drasticamente reduzida (com uma descida brutal nos gastos de saúde) se houvesse uma política mais orientada para a educação e prevenção, do que apenas para o tratamento sintomático.
Mas mais importante ainda será que cada um de nós comece a assumir uma verdadeira responsabilidade pela sua saúde e bem-estar, actuando de uma forma consequente e consciente e não delegando aspectos cruciais da nossa existência nos outros.